17/Nov/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (14/11), apesar de dados de produção e estoques nos Estados Unidos que vieram abaixo do esperado. O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 22,50 cents (1,96%), e fechou a US$ 11,24 por bushel. Na semana passada, porém, acumulou ganho de 0,67%. Em seu relatório de oferta e demanda de novembro, o primeiro desde setembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a safra de soja 2025/2026 em 115,75 milhões de toneladas, ante 117,05 milhões de toneladas projetadas em setembro. Analistas esperavam um número maior (116,09 milhões de toneladas).

Quanto aos estoques nos Estados Unidos, o USDA cortou sua projeção de reservas de soja ao fim da temporada 2025/2026 de 8,17 milhões de toneladas para 7,89 milhões de toneladas. O mercado esperava um número um pouco maior (7,95 milhões de toneladas). O mercado já vinha subindo nos últimos dias se antecipando a um relatório altista. Portanto, não seria surpreendente ver algum movimento de realização de lucros, mesmo com um relatório positivo para os preços. Além disso, a estimativa de exportações foi reduzida de 45,86 milhões de toneladas para 44,50 milhões de toneladas, o que não foi bem-visto pelo mercado. A escassez de compras chinesas do grão dos Estados Unidos e a perspectiva de ampla oferta do Brasil também continuam pesando sobre os contratos.

O USDA manteve sua estimativa para a safra brasileira em 2025/2026 em 175 milhões de toneladas. O USDA também informou na sexta-feira (14/11) que as vendas avulsas de soja para a China somaram apenas 332 mil toneladas entre 1º de outubro e 13 de novembro. Nesse período, os dados de vendas diárias não foram publicados devido à paralisação do governo norte-americano. Foram relatadas vendas de 100 mil toneladas em 30 de outubro e de 232 mil toneladas em 3 de novembro. O número é muito inferior aos 12 milhões de toneladas que a China se comprometeu a comprar até o fim do ano.