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14/Nov/2025

Futuros sobem com reabertura do governo dos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (13/11), com a reabertura do governo norte-americano e a retomada da divulgação de importantes relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A agência publicou nesta quinta-feira (13/11) dados semanais de vendas externas referentes à semana encerrada em 25 de setembro. Os dados tinham sido publicados pela última vez nessa mesma data, antes de serem interrompidos por causa da paralisação do governo. O vencimento janeiro da oleaginosa avançou 13,25 cents (1,17%), e fechou a US$ 11,47 por bushel.

Nesta sexta-feira (14/11), o USDA publica seu relatório mensal de oferta e demanda, e dados atrasados de vendas avulsas, referentes ao período de 1º de outubro a 13 de novembro. A divulgação do relatório de oferta e demanda, porém, já estava prevista antes do fim da paralisação. Segundo analistas, a volta dos relatórios animou traders, mas os números são "notícia velha" e devem ter efeito limitado sobre os preços. O USDA anunciou o calendário de divulgação dos relatórios semanais de vendas externas, que só ficarão atualizados no começo de janeiro. O que é considerado muito lento. O USDA informou que exportadores dos Estados Unidos venderam 870,5 mil toneladas de soja da safra 2025/2026 na semana até 25 de setembro. Na semana anterior, até 18 de setembro, foram vendidas 724,5 mil toneladas.

Para o farelo de soja, cancelamentos superaram em 216,2 mil toneladas as vendas do ano comercial 2024/2025. Para 2025/2026, as vendas liquidas foram de 623,5 mil toneladas. As vendas de farelo da nova safra foram bastante fortes. Quanto ao relatório de oferta e demanda, analistas acreditam que o USDA deve estimar produção de 116,09 milhões de toneladas nos Estados Unidos, com rendimento de 3,56 toneladas por hectare. Em setembro, a agência projetou uma safra de 117,05 milhões de toneladas, com produtividade de 3,60 toneladas por hectare. A ausência de compras chinesas do grão norte-americano ainda preocupa.

Apesar do pacto entre Donald Trump e Xi Jinping anunciado há cerca de duas semanas, as tradings chinesas continuam priorizando compras no Brasil. A estatal chinesa Cofco assinou acordos para comprar soja, óleo de soja, óleo de palma e outros produtos agrícolas do Brasil, com um volume total de quase 20 milhões de toneladas, no valor de mais de US$ 10 bilhões. No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou que a safra de soja deve somar 177,6 milhões de toneladas, um recorde e 3,56% acima do que foi colhido em 2024/2025. A estatal projetou também que o Brasil deve exportar 5,1% mais soja em 2025/2026, com 112,1 milhões de toneladas, movimento favorecido pela menor oferta dos Estados Unidos e maior demanda global.