05/Nov/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (04/11). Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido nos seis pregões anteriores e acumulado valorização de quase 7,50% no período. Os ganhos das últimas sessões foram motivados pela expectativa de retomada das compras chinesas de soja dos Estados Unidos, principalmente após a China ter se comprometido a comprar 12 milhões de toneladas até janeiro e 25 milhões de toneladas por ano nos próximos três anos. O vencimento novembro da oleaginosa caiu 11,50 cents (1,03%), e fechou a US$ 11,08 por bushel.
A alta recente da soja foi exacerbada por um movimento de recompra de posições vendidas. Uma mudança modesta nos fundamentos foi amplificada por cobertura de posições vendidas, em meio à baixa visibilidade e pouca convicção, devido à ausência de dados oficiais devido à paralisação do governo norte-americano. O mercado também foi pressionado pelo avanço do dólar ante o Real e pelo enfraquecimento do petróleo. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as exportações brasileiras, enquanto a queda do petróleo faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel do diesel.
O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimou na semana passada que o Brasil deveria exportar 7 milhões de toneladas de soja em outubro. Segundo a AgResource, a China adquiriu cerca de dez navios de soja brasileira para embarque em dezembro, o equivalente a 600 mil toneladas, apesar do recente acordo entre Estados Unidos e China. Investidores aguardam agora o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será publicado em 14 de novembro.
O documento trará as primeiras estimativas oficiais de produção, rendimento e estoques de soja e milho nos Estados Unidos desde 12 de setembro, quando foi publicado o último relatório. A StoneX estima o rendimento da soja em 3,61 toneladas por hectare, levemente acima da projeção mais recente do USDA, de 3,60 toneladas por hectare. No entanto, os números do USDA podem ter menor precisão que o habitual por causa da falta de levantamentos de campo durante a paralisação parcial do governo americano.