03/Nov/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (31/10). O mercado continuou refletindo a expectativa de que a China volte a comprar grandes volumes do grão norte-americano. Segundo o governo norte-americano, o país asiático se comprometeu a comprar pelo menos 12 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos até janeiro e pelo menos 25 milhões de toneladas por ano nos próximos três anos, e remover tarifas sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos como soja, algodão, sorgo, milho e trigo.
O vencimento novembro da oleaginosa subiu 8,50 cents (0,78%), e fechou a US$ 10,99 por bushel. A commodity avançou 5,57% na semana passada e 9,78% no mês de outubro. Alguns analistas, porém, não estão certos de que as compras serão realizadas conforme prometido. Um dos motivos é a falta de penalidades em caso de não cumprimento do acordo. A compra de 25 milhões de toneladas nos próximos anos dependerá da relação de preços entre a América do Sul e os Estados Unidos.
A China compra o que precisa pelo preço mais baixo oferecido, é simples assim. Outros analistas lembraram que o volume prometido é praticamente igual ao que a China já comprava antes do início da guerra comercial. Apesar de o governo estar tratando como uma vitória, isso representa apenas um retorno ao status quo. O mercado já esperava esse nível de exportação e o anúncio provavelmente não justifica uma alta sustentada dos preços. Além disso, com a paralisação do governo norte-americano, será difícil para traders e analistas confirmarem se a China está ou não cumprindo o acordo.