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29/Oct/2025

Futuros em alta com o possível acordo EUA-China

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (28/10). O mercado foi novamente impulsionado pela expectativa em relação ao encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, marcado para esta quinta-feira (30/10) na Coreia do Sul. Traders esperam que a reunião leve a um acordo comercial que inclua a retomada das compras chinesas de soja dos Estados Unidos. O vencimento novembro da oleaginosa avançou 11,00 cents (1,03%), e fechou a US$ 10,78 por bushel.

Até agora, a China ainda não comprou soja norte-americana da safra 2025/2026, o que vem se refletindo nos embarques dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 1,06 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos do país na semana até 23 de outubro. O volume representa queda de 33,26% ante a semana anterior e de quase 60% em relação à semana correspondente do ano passado. No acumulado do ano comercial, que começou em 1º de setembro, o volume soma 6,7 milhões de toneladas, queda de 37% na comparação anual.

Sem as compras da China, essa diferença vem aumentando a cada semana. Na semana anterior, essa queda era de 31%. Caso um acordo comercial seja fechado entre os dois países, a China deve comprar cerca de 10 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos nas próximas semanas, estimou a StoneX. Para a AgResource, no entanto, o mercado parece estar se precipitando demais. A última coisa de que os agricultores norte-americanos precisam é uma promessa de compra que não seja cumprida. A China já se comprometeu a comprar mais soja dos Estados Unidos no passado.

A AgResource acredita que o governo chinês não se comprometerá com um acordo comercial que exclua outros fornecedores. Além disso, a China "está inundada com soja sul-americana". No Brasil, o plantio de soja da safra 2025/2026 alcançava, no dia 25 de outubro, 34,4% da área total prevista, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse percentual representa avanço de 13,3% em relação à semana anterior. Na comparação com igual momento da safra 2024/2025, os trabalhos estão 3,3% atrasados. Ante a média dos últimos cinco anos, há atraso de 8,1%.