24/Oct/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (23/10). O mercado foi impulsionado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 1,5%. O derivado, por sua vez, passou por correção após ter acumulado perda de 2,42% nas duas sessões anteriores e acompanhou a forte alta do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento novembro da soja em grão subiu 10,00 cents (0,97%), e fechou a US$ 10,44 por bushel.

A expectativa de um acordo que leve a China retomar compras de soja norte-americana também deu algum suporte aos preços. Traders estarão de olho na reunião desta sexta-feira (24/10) entre o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o primeiro-ministro chinês, He Lifeng, em busca de sinais para o encontro na próxima semana entre o presidente Donald Trump e o presidente Xi Jinping. A Casa Branca confirmou que Trump se reunirá na próxima quinta-feira (30/10) com o presidente chinês, na Coreia do Sul, e o presidente norte-americano vem sinalizando que a soja será um tema importante do encontro. Até agora, a China ainda não comprou soja norte-americana da safra 2025/2026, o que vem se refletindo nos embarques dos Estados Unidos.

Desde o início do ano comercial, em 1º de setembro, 5,54 milhões de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos, recuo de 31% na comparação anual, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Sem as compras da China, essa diferença vem aumentando a cada semana. Na semana anterior, essa queda era de 26%. Temores de que a produção nos Estados Unidos seja menor do que a estimada pelo USDA em seu relatório de oferta e demanda de setembro, de 117,05 milhões de toneladas, também deram suporte aos preços. Com cerca de três quartos da safra já colhida, relatos de campo indicam que a produtividade está abaixo das expectativas iniciais.