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24/Oct/2025

Umidade do solo baixa nas principais regiões de soja

Segundo a EarthDaily, empresa de monitoramento agrícola por satélite, os níveis de umidade do solo permanecem baixos nas principais regiões de soja, com Goiás no menor nível em 20 anos e Mato Grosso do Sul com 34 mm de chuva entre setembro e 22 de outubro. A persistência do quadro pode dificultar o estabelecimento das lavouras e reduzir o potencial produtivo da safra 2025/2026. Em Mato Grosso do Sul, o volume está bem abaixo da média histórica de 132 mm para o período. A projeção para as próximas duas semanas indica 53 a 63 mm, ainda insuficiente para normalizar a umidade no solo.

A persistência da seca deve manter o avanço do plantio de soja em ritmo lento, o que pode atrasar tanto a colheita da oleaginosa quanto o início do plantio do milho 2ª safra de 2026, aumentando o risco de exposição dessa cultura a condições climáticas menos favoráveis durante o ciclo. Em Goiás, a umidade muito baixa limita o avanço do plantio e pode comprometer a germinação. Projeções do Centro Europeu de Previsões de Médio Prazo (ECMWF) apontam melhora no início de novembro. Embora esse alívio inicial deva ser limitado, o cenário indica recuperação gradual da umidade em cerca de 10 dias, favorecendo o desenvolvimento inicial das lavouras.

Em Mato Grosso, as chuvas continuam abaixo da média desde setembro, como nas duas últimas safras, mas as previsões indicam aumento nas próximas semanas. Em Minas Gerais, o GFS (Global Forecast System, dos Estados Unidos) prevê retorno das chuvas a partir de 28 de outubro, ainda com estresse hídrico ao longo de novembro. O mesmo o modelo norte-americano indica manutenção do déficit, o que reforça a necessidade de precipitações adicionais em novembro para garantir o desenvolvimento adequado das lavouras.

No norte do Paraná, a umidade está em queda e deve melhorar apenas a partir de 27 de outubro, ficando levemente abaixo da média até a primeira semana de novembro. Os Estados da Região Sul são exceção no cenário de baixa umidade. Em Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, o déficit hídrico é mais severo e tende a desacelerar o ritmo do plantio ou prejudicar a germinação nas lavouras recém-semeadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.