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20/Oct/2025

Futuros em alta com alívio das tensões EUA-China

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (17/10), com a expectativa de que Estados Unidos e China acabem chegando a um acordo comercial que envolva a compra de soja norte-americana pelo país asiático. Segundo a StoneX, traders ainda têm esperança de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reúna com seu colega chinês, Xi Jinping, no fim do mês na Coreia do Sul. O vencimento novembro da oleaginosa avançou 8,75 cents (0,87%), e fechou a US$ 10,19 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 1,27%. Donald Trump afirmou na sexta-feira (17/10) que as relações com a China atravessam um bom momento e que as negociações comerciais "estão indo muito bem".

Segundo ele, o clima de diálogo com a China tem sido construtivo e há expectativa de um encontro com o presidente Xi Jinping "nas próximas semanas", na Coreia do Sul. Trump ressaltou ainda manter uma "ótima relação" com o líder chinês e disse que a reunião "deve ser mantida", apesar das recentes tensões bilaterais. A China está com suas necessidades de soja cobertas até o fim de novembro, mas, de acordo com estimativa da StoneX, ainda precisaria de quase 10 milhões de toneladas antes da entrada da nova safra do Brasil, o que ajudaria bastante a demanda por soja dos Estados Unidos. Até agora, a China ainda não comprou soja norte-americana da safra 2025/2026.

A AgResource avaliou, porém, que a pauta comercial entre os dois países está concentrada nos minerais de terras raras, e não nos produtos agrícolas. O foco das conversas é a prorrogação de tarifas e um possível acordo sobre minerais estratégicos. O encontro entre Trump e Xi, caso ocorra, deve dar prioridade a temas como frete marítimo e TikTok. O recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços da soja. Além disso, a Barchart disse que "há rumores" de que a China estaria adiando algumas compras de soja do Brasil, em função dos altos prêmios. Isso não é incomum, já que o Brasil normalmente fica com estoques baixos antes da entrada da nova safra, em janeiro/fevereiro.