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17/Oct/2025

Preço da soja em leve alta acompanhando Chicago

No mercado interno de soja, os preços registraram leve alta entre R$ 0,50 e R$ 1,00 por saca de 60 Kg nesta quinta-feira (16/10). A queda do dólar ante as demais divisas no exterior, sob efeito da guerra comercial entre Estados Unidos e China e da perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), determinou a baixa da moeda norte-americana também no Brasil nesta quinta-feira (16/10). O dólar fechou com baixa de 0,35%, a R$ 5,44. O destaque no Brasil foi a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que subiu 0,4% em agosto ante julho, na série dessazonalizada. A alta veio após três meses seguidos de queda, mas ficou abaixo do 0,6% projetado por economistas. O resultado abaixo do esperado, na visão de alguns analistas, sugere continuidade da desaceleração da economia. Ainda assim, a política monetária atual permanecerá mais restritiva. No mercado de câmbio, a avaliação é de que a perspectiva de mais cortes de juros nos Estados Unidos, com manutenção da Selic em 15%, segue favorecendo o fluxo de dólares para o Brasil.

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (16/10), refletindo a forte demanda interna nos Estados Unidos. Na ausência de compras chinesas e de relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), traders acabam seguindo os dados que estão disponíveis, como o de esmagamento de soja. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 4,25 cents (0,42%), e fechou a US$ 10,10 por bushel. A indústria norte-americana processou 5,39 milhões de toneladas de soja em setembro. O volume representa aumento de 4,24% ante agosto, quando o esmagamento totalizou 5,17 milhões de toneladas, e de 11,6% na comparação com igual mês do ano passado, quando foram processados 4,83 milhões de toneladas. O número também é recorde para o mês. Além disso, os estoques de óleo de soja em 30 de setembro estavam no menor nível em nove meses, o que deu algum suporte aos preços do derivado.

A possibilidade de uma nova trégua comercial entre Estados Unidos e China contribuiu para a alta. A recente ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor uma tarifa adicional de 100% sobre as importações da China a partir de 1º de novembro provavelmente não vai se materializar. O mercado aguarda agora uma confirmação do encontro entre Donald Trump e seu colega chinês, Xi Jinping, no fim do mês na Coreia do Sul. Mas, mesmo que o encontro ocorra, analistas acreditam que a soja não estará entre os temas principais da reunião. A tendência para os preços da oleaginosa ainda é de baixa, tendo em vista a ausência da China do mercado norte-americano e a ampla oferta do Brasil. O forte ritmo de plantio da safra 2025/2026 no Brasil é preocupante para produtores nos Estados Unidos. Caso a colheita no Brasil não tenha atrasos, a janela de exportação dos Estados Unidos diminui.

Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, os compradores indicam R$ 125,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 de novembro. Quanto à comercialização da safra 2025/2026, há registro de negócios pontuais para o mercado interno a R$ 114,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em fevereiro e pagamento em 30 de março de 2026. Para tradings, há registro de negócios pontuais a R$ 115,00 por saca de 60 Kg FOB, para entrega em fevereiro e embarque no fim de abril. No Paraná, na região de Maringá, tradings indicam R$ 139,50 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega imediata e pagamento em 72 horas ou R$ 140,00 por saca de 60 Kg em iguais condições, mas com pagamento em 10 de novembro. A indicação sobe para R$ 141,30 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em novembro e pagamento em dezembro. Para a soja 2025/2026, exportadoras indicam R$ 131,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega em fevereiro e pagamento no fim de março de 2026 ou R$ 134,50 por saca de 60 Kg, para pagamento no fim de abril.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.