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17/Oct/2025

Brasil deveria agregar valor na exportação de soja

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) defendeu maior agregação de valor nas exportações do agronegócio. O País precisa avançar na industrialização para ampliar sua competitividade global. A China evita produzir soja por causa do alto consumo de água e importa do Brasil a matéria-prima para transformar em produtos de maior valor agregado. O Brasi exporta proteína e água de graça e depois compra produtos processados. O Brasil precisa direcionar parte das exportações para óleo de soja e biocombustíveis, como o biodiesel. O agronegócio responde por 39% do Produto Interno Bruto (PIB) e o Brasil detém 49% do mercado global de soja e 50% do mercado mundial de açúcar, mas ainda depende fortemente da exportação de commodities. Não faz sentido vender soja e depois importar óleo de soja chinês. É preciso mudar o modelo. Foi feito um alerta sobre a dependência do País em relação aos fertilizantes importados, sobretudo da Rússia, Ucrânia, China e Marrocos.

Se uma rota de fornecimento for interrompida, o impacto no agronegócio será imediato. Ainda, a entidade criticou a proposta de tributar instrumentos de crédito agrícola, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). O setor cresceu com crédito acessível e menos impostos. Tributar a LCA é um contrassenso. Esses instrumentos foram determinantes para financiar a expansão da produção fora das linhas tradicionais do Plano Safra. A reforma tributária pode prejudicar Estados produtores com pouca população e alto custo logístico, como Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Com perda de incentivos e aumento do frete, há risco de deslocamento de indústrias para regiões de maior consumo. O Brasil deveria usar a COP30, que será realizada em Belém, como vitrine internacional do agronegócio sustentável. O futuro está em produzir amônia verde, biochar e reduzir custos com tecnologia. O mercado não se controla, mas a eficiência sim. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.