14/Oct/2025
No mercado interno de soja, os preços registraram queda entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por saca de 60 Kg nesta segunda-feira (13/10). Após disparar mais de 2% na sessão anterior, o dólar passou por ajustes no Brasil nesta segunda-feira (13/10) e encerrou abaixo dos R$ 5,50, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliviou o discurso em relação à China. A moeda norte-americana fechou com baixa de 0,79%, a R$ 5,46. No domingo (12/10), Trump adotou um tom conciliador, dizendo que os Estados Unidos não querem prejudicar a China. Comentários do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, reforçaram a mensagem de acomodação.
“Houve uma desescalada significativa da situação", disse Bessent. "O presidente Trump disse que as tarifas não entrarão em vigor até 1º de novembro. Ele se reunirá com o presidente do partido, Xi Jinping, na Coreia do Sul. Em reação, os investidores foram em busca de ativos de maior risco, como ações e moedas de países emergentes, entre elas o Real, o rand sul-africano, o peso mexicano e o peso chileno. Ainda assim, a divisa esteve longe de devolver todo o avanço visto na sexta-feira (13/10). A combinação de bolsas em alta, valorização de moedas emergentes e recuperação das commodities, especialmente petróleo e minério de ferro, favorece o Real.
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (13/10). O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,00 cent (0,10%), e fechou a US$ 10,07 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 1%. O derivado, por sua vez, acompanhou a alta do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. No entanto, continuaram pesando sobre as cotações a ausência de compras chinesas de soja norte-americana e as tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Parecem ter diminuído as chances de que os dois países cheguem em breve a um acordo comercial. A China segue comprando grandes volumes de soja, principalmente da América do Sul.
O país asiático importou 12,86 milhões de toneladas de soja em setembro. O volume é recorde para o mês e o segundo maior já registrado. Essas preocupações se somam agora à paralisação do governo norte-americano, que vem limitando a divulgação de importantes relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Com isso, traders operam ‘no escuro’, sem estimativas oficiais de produção, exportação e progresso de colheita. No Brasil, a área estimada para a safra de soja 2025/2026 estava 14% semeada até o dia 9 de outubro. O índice representa avanço de 5% em comparação com os 9% de uma semana antes e supera os 8% de um ano atrás, garantindo à atual safra o posto de terceiro plantio mais acelerado da série histórica, atrás apenas de 2018/2019 e 2023/2024.
No Paraná, na região de Curitiba, as indicações de tradings estão entre R$ 139,27 e R$ 140,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Na região de Ponta Grossa, indicação de compradores variam entre R$ 128,25 e R$ 136,94 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, esmagadoras e tradings indicam entre R$ 124,00 e R$ 126,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em outubro ou novembro. Quanto à safra 2025/2926, tradings indicam R$ 112,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em fevereiro e pagamento em agosto.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.