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14/Oct/2025

Futuros de soja encerraram praticamente estáveis

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (13/10). O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,00 cent (0,10%), e fechou a US$ 10,07 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 1%. O derivado, por sua vez, acompanhou a alta do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. No entanto, continuaram pesando sobre as cotações a ausência de compras chinesas de soja norte-americana e as tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Na sexta-feira (10/10), o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos vão impor tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro, em resposta às restrições impostas pela China à exportação de terras raras. Durante o fim de semana, Trump suavizou seu discurso, dizendo em rede social que "vai ficar tudo bem" com a China e que o presidente Xi Jinping "teve um momento ruim". Além disso, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que as conversas com autoridades chinesas estão em andamento nesta semana. Mesmo assim, parecem ter diminuído as chances de que os dois países cheguem em breve a um acordo comercial.

Enquanto isso, a China segue comprando grandes volumes de soja, principalmente da América do Sul. De acordo com dados preliminares publicados pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), o país asiático importou 12,86 milhões de toneladas de soja em setembro. O volume é recorde para o mês e o segundo maior já registrado, ficando atrás apenas dos 13,92 milhões de toneladas de maio deste ano. Essas preocupações se somam agora à paralisação do governo norte-americano, que vem limitando a divulgação de importantes relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na quinta-feira (09/10), não foram publicados o relatório mensal de oferta e demanda e o relatório semanal de vendas externas.

Nesta segunda-feira (13/10), não foi divulgado o relatório semanal de inspeção de embarques e não deve sair também o semanal de acompanhamento de safra. Com isso, traders operam ‘no escuro’, sem estimativas oficiais de produção, exportação e progresso de colheita. No Brasil, a área estimada para a safra de soja 2025/2026 estava 14% semeada até o dia 9 de outubro, de acordo com levantamento da AgRural. O índice representa avanço de 5% em comparação com os 9% de uma semana antes e supera os 8% de um ano atrás, garantindo à atual safra o posto de terceiro plantio mais acelerado da série histórica, atrás apenas de 2018/2019 e 2023/2024.