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14/Oct/2025

EUA-China: ceticismo sobre possível acordo agrícola

Segundo a StoneX, a disputa entre Estados Unidos e China pelo controle de minerais de terras raras e ímãs industriais tende a dominar a agenda bilateral e reduzir a prioridade de um acordo agrícola que favoreça as exportações norte-americanas de soja. Quando a China ‘jogou essa carta’, deixou de ser um embate entre China e Estados Unidos e passou a envolver vários países, porque os minerais de terras raras e os ímãs são essenciais para as economias e para a defesa. A China responde por cerca de 90% do processamento global desses materiais, usados em eletrônicos, motores e equipamentos militares.

O país consolidou essa posição ao transferir produção para seu território e atrair capacidade de processamento ao longo das últimas duas décadas. A avaliação é que a restrição chinesa ao acesso internacional ocorreu após os Estados Unidos anunciarem investimentos acelerados em projetos de mineração na Groenlândia e no próprio território, com uso de procedimentos de aprovação rápida. A China vinha se preparando para esse momento e reagiu quando percebeu a tentativa norte-americana de garantir suprimento próprio.

Na sexta-feira (10/10), o presidente Donald Trump ameaçou tarifas de até 100% sobre produtos de consumo chineses. As bolsas recuaram no dia e, no domingo (12/10), autoridades dos dois países suavizaram o tom, o que permitiu alguma recuperação. A agenda de terras raras tem peso maior para a segurança nacional de ambos os países do que as tratativas agrícolas. Por isso, há ceticismo quanto à chance de um grande acordo de commodities com a China neste momento. Em novas rodadas de diálogo, a prioridade deverá ser o acesso a minerais e ímãs. Um acordo de commodities, por ora, não parece provável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.