08/Oct/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta terça-feira (07/10), enquanto o mercado aguarda o pacote de ajuda a produtores norte-americanos afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A expectativa é de que a maior parte do auxílio vá para produtores de soja, que vêm sentindo a falta de compras chinesas. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 4,25 cents (0,42%), e fechou a US$ 10,22 por bushel. Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a soja será um dos principais tópicos da discussão que terá com o presidente da China, Xi Jinping, no fim do mês.

Temores de que a safra de soja nos Estados Unidos fique abaixo da estimativa mais recente do Departamento de Agricultura do país (USDA), de 117,05 milhões de toneladas, também deram algum suporte aos preços. De acordo com analistas, relatos de campo indicam que a produtividade em várias áreas foi afetada pelo tempo seco que castigou as lavouras durante os estágios finais de desenvolvimento. Investidores, porém, vêm mantendo uma postura cautelosa diante da ausência de importantes dados do USDA. Na segunda-feira (06/10), por exemplo, não foi divulgado o relatório semanal de acompanhamento de safra, que mostraria o progresso da colheita no país.

De acordo com uma sondagem da Bloomberg com analistas, os trabalhos estavam 38% concluídos no dia 5 de outubro. Com a paralisação do governo, também não deve ser publicado o relatório mensal de oferta e demanda, que sairia nesta quinta-feira (09/10). No Brasil, o plantio de soja da safra 2025/2026 alcançava, no dia 5 de outubro, 8,2% da área prevista, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número representa avanço de 4,7% em relação à semana anterior. Na comparação com igual momento da safra 2024/2025, os trabalhos estão 3,1% adiantados. Em comparação com a média dos últimos cinco anos, há leve atraso de 1,2%.