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07/Oct/2025

Futuros de soja ficam estáveis sem dados do USDA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (06/10). Traders operaram com cautela diante da paralisação do governo norte-americano, que causou a interrupção da divulgação de dados importantes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado vai ficar ‘muito perdido e de lado’. Sem USDA, ninguém sabe como está a colheita, a condição das lavouras, as exportações. É um mercado que tende a lateralizar ainda mais. O vencimento novembro da oleaginosa cedeu 0,25 cent (0,02%), e fechou a US$ 10,17 por bushel. O relatório semanal de inspeção de exportações, no entanto, continua sendo publicado.

Segundo o USDA, 768.117 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 2 de outubro. O volume representa aumento de 25,8% ante a semana anterior, mas queda de quase 53% ante o período correspondente do ano passado. A China, novamente, não apareceu entre os destinos. Desde o início do ano comercial, em 1º de setembro, o volume de soja inspecionado é de 3,03 milhões de toneladas, queda de 15% na comparação com igual período do ano anterior. Isso se deve à ausência da China do mercado norte-americano. O mercado aguarda o pacote de ajuda a produtores norte-americanos afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A expectativa é de que a maior parte do auxílio vá para produtores de soja, que vêm sentindo a falta de compras chinesas.

Segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o pacote de ajuda será anunciado nesta terça-feira (07/10). A ajuda deverá ficar entre US$ 10 bilhões e US$ 14 bilhões. Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a soja será um dos principais tópicos da discussão que terá com o presidente da China, Xi Jinping. No Brasil, a AgRural informou que o plantio da safra de soja 2025/2026 atingia, até o dia 2 de outubro, 9% da área total estimada, em comparação com 3% uma semana antes e 4% um ano atrás. O índice é o segundo mais alto para a data na série histórica da AgRural, iniciada na safra 2008/2009, e é puxado pelo Paraná, que nunca plantou tão rápido como na atual temporada.