07/Oct/2025
Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), a Argentina mantém ritmo acelerado de comercialização interna de soja mesmo após o fim da suspensão temporária das tarifas de exportação no mês passado, com negócios diários entre 250 mil e 400 mil toneladas, ante média anterior de 100 mil toneladas por dia. Em setembro, o governo argentino suspendeu temporariamente as tarifas de exportação, conhecidas como "retenciones", para estimular vendas dos produtores.
Os preços estão em torno de US$ 350,00 por tonelada, cerca de US$ 10,00 por tonelada abaixo do pico registrado durante a suspensão, mas ainda 20% acima dos níveis anteriores. A demanda chinesa tem sido o principal fator de sustentação. As exportações argentinas de soja em grão somam 7,2 milhões de toneladas, maior volume em nove anos, com aproximadamente 6,4 milhões de toneladas destinadas à China. Só em outubro, as exportações de soja podem alcançar 2 milhões de toneladas. A guerra comercial entre Estados Unidos e China abriu espaço para os produtores argentinos. Somando o grão aos derivados (óleo e farelo), as exportações atingem 27 milhões de toneladas, o maior nível em cinco anos.
Os Estados Unidos não venderam soja à China neste ciclo até o momento, embora entre outubro e janeiro normalmente embarquem 77% do total destinado ao mercado chinês nesse período. O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que deve se reunir com Xi Jinping na Coreia do Sul em três semanas, com a soja entre os temas. O mercado está cético. Cada dia sem acordo é uma tonelada a menos que os Estados Unidos vendem para a China. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.