06/Oct/2025

Os futuros de soja na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (03/10), revertendo ganhos na última hora de negociação. Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido nas duas sessões anteriores e acumulado valorização de 2,20% no período. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 5,75 cents (0,56%), e fechou a US$ 10,18 por bushel. Na semana passada, acumulou alta de 0,42%. O rápido avanço da colheita, a perspectiva de uma safra volumosa nos Estados Unidos e a ausência da China do mercado norte-americano também pesaram sobre os contratos. A StoneX elevou sua previsão de produção de 115,86 milhões de toneladas para 117,74 milhões de toneladas.

O volume é superior à projeção mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 117,05 milhões de toneladas. A alta das cotações na semana refletiu principalmente a promessa de ajuda do governo norte-americano a produtores de soja afetados pela falta de compras chinesas. Além disso, alguns traders estão optando por comprar contratos enquanto o governo dos Estados Unidos permanece fechado e deixa de divulgar relatórios que são importantes referências para os mercados de commodities agrícolas. Se a China quisesse mesmo comprar soja dos Estados Unidos, a paralisação do governo norte-americano seria o momento ideal para isso, já que não haveria praticamente nenhum alarde associado.

Nada de anúncios diários do USDA ou relatórios semanais de vendas. Embora a paralisação não seja um fator necessariamente altista para os preços, pode atenuar a pressão vendedora, uma vez que não há dados para lembrar constantemente do quão desanimadora é a situação das exportações norte-americanas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a soja será um dos principais tópicos da discussão que terá com o presidente da China, Xi Jinping, em quatro semanas. Além disso, um pacote de ajuda a agricultores norte-americanos será anunciado nesta terça-feira (07/10). A ajuda deverá ficar entre US$ 10 bilhões e US$ 14 bilhões.