03/Oct/2025

A Céleres avalia que a safra 2025/2026 de soja no Brasil deve manter a produtividade próxima da média nacional de 60,7 sacas de 60 Kg por hectare, mesmo diante da possibilidade de ocorrência de uma La Niña de baixa intensidade entre outubro e dezembro. Em cenários de neutralidade climática ou La Niña fraca, as chuvas tendem a permanecer dentro da normalidade nos principais Estados produtores. O Instituto Australiano de Meteorologia considera que os fenômenos El Niño e La Niña se caracterizam por desvios de 0,8°C na temperatura do Pacífico.

Embora as projeções apontem para a formação de uma La Niña, o instituto prevê neutralidade durante a maior parte da safra. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), por outro lado, trabalha com alta probabilidade de La Niña fraca. A definição do clima assume protagonismo na safra atual, em um ambiente de preços e câmbio pressionados. O manejo eficiente e as condições climáticas serão determinantes para a margem do produtor. Em um cenário de elevados estoques globais, manter boas produtividades pode ser decisivo para reduzir riscos de inadimplência no setor, especialmente diante do alto custo de capital.

Anos de neutralidade registram resultados próximos à média nacional, enquanto episódios intensos de El Niño ou La Niña provocam desvios mais acentuados na produtividade, que podem variar de 20% acima a 30% abaixo da tendência. No ciclo 2025/2026, a expectativa é de estabilidade, desde que o fenômeno se mantenha fraco. Os dados regionais de precipitação reforçam a avaliação. Entre setembro e fevereiro, estados como Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul costumam apresentar volumes adequados mesmo sob neutralidade ou La Niña fraca. Nessas condições, a produção tende a se sustentar nos patamares médios históricos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.