01/Oct/2025
No mercado interno de soja, os preços registraram leve baixa entre R$ 0,50 e R$ 1,00 por saca de 60 Kg nesta terça-feira (30/09). Em uma sessão de oscilações estreitas, o dólar fechou esta terça-feira (30/09) praticamente estável no Brasil, influenciado por um lado pela disputa pela formação da Ptax de fim de mês e por outro pelo recuo da moeda norte-americana no exterior, em meio ao temor de paralisação parcial do governo dos Estados Unidos. O dólar encerrou em leve alta de 0,06%, a R$ 5,32.
Os investidores estavam em compasso de espera pela negociação sobre o Orçamento dos Estados Unidos para evitar o “shutdown” (paralisação) do governo a partir desta quarta-feira (1º/10). A falta de acordo conduzia a busca pela segurança dos Treasuries, pesando sobre os rendimentos dos títulos, e a queda do dólar ante a maior parte das demais divisas globais. Ainda assim, no Brasil o dólar se manteve perto da estabilidade ante o Real.
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (30/09), após o relatório trimestral de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O vencimento novembro da oleaginosa recuou 8,75 cents (0,87%), e fechou a US$ 10,01 por bushel. Segundo o USDA, os estoques domésticos em 1º de setembro de 2025 somavam (8,61 milhões de toneladas, em comparação a 9,32 milhões de toneladas um ano antes. O resultado ficou abaixo da estimativa de analistas (8,76 milhões de toneladas). Isso, porém, não foi suficiente para impulsionar os contratos da oleaginosa.
O mercado foi pressionado pela expectativa de que a colheita nos Estados Unidos se acelere nesta semana. A ausência da China no mercado norte-americano continua pesando sobre as cotações. Traders também estão preocupados com a possível paralisação do governo norte-americano. Isso pode significar que o relatório de estoques foi o último dado significativo divulgado pelo USDA por um período indeterminado. Na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires projetou a safra 2025/2026 de soja em 48,5 milhões de toneladas, 3,6% abaixo das 50,3 milhões de toneladas estimadas para 2024/2025.
Em São Paulo, na região de Campinas, as indicações para exportação chegam a R$ 155,50 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá (PR), para entrega em outubro e pagamento em 5 de novembro. Com relação à safra 2025/2026, tradings indicam R$ 129,50 CIF Porto de Santos, para entrega em março e pagamento em abril de 2026. Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, as indústrias indicam R$ 116,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em outubro. Para a safra 2025/2026, tradings indicam entre R$ 105,00 e R$ 106,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em fevereiro e pagamento em março de 2026.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.