29/Sep/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em terreno positivo, mas perto da estabilidade na sexta-feira (26/09). O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,50 cent (0,15%), e fechou a US$ 10,13 por bushel. Na semana passada, perdeu 1,15%. O mercado foi influenciado em parte pela volta do imposto de exportação (retenciones) sobre grãos e derivados na Argentina, que tinha sido suspenso no começo da semana passada. Durante a curta vigência da medida, a Argentina registrou exportações equivalentes a US$ 7 bilhões, o que ajudou a pressionar o complexo soja. A Argentina é o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja. Entre os destaques nesse período, houve vendas de cerca de 1,3 milhão de toneladas de soja em grão para a China e de 300 mil toneladas de óleo de soja para a Índia. A ausência de compras chinesas de soja dos Estados Unidos, no entanto, continua pesando sobre as cotações.

Por enquanto, a China vem comprando soja principalmente do Brasil e da Argentina e ignorando o grão dos Estados Unidos. De acordo com a agência estatal de notícias Xinhua, o Ministério do Comércio da China afirmou que os Estados Unidos precisariam remover "tarifas irracionais" para que os importadores chineses retomassem a compra de soja norte-americana. O tempo seco previsto para as próximas semanas no Meio Oeste dos Estados Unidos, que deve permitir um avanço mais rápido da colheita no país, foi outro fator baixista para os preços. Relatos de campo indicam que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) poderá reduzir em outubro sua estimativa de rendimento, mas isso, por enquanto, não é motivo de grande preocupação, já que a demanda segue bastante fraca.

Até o dia 18 de setembro, as vendas de soja da safra 2025/2026 dos Estados Unidos totalizavam 11 milhões de toneladas, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume é quase 37% menor do que o registrado em igual período do ano anterior, de 17,43 milhões de toneladas. Traders também ajustaram posições antes do relatório trimestral de estoques do USDA, que será divulgado nesta terça-feira (30/09). De acordo com a média das estimativas de analistas, o relatório deve mostrar que as reservas de soja em 1º de setembro deste ano somavam 8,76 milhões de toneladas, volume inferior ao de 1º de setembro de 2024, de 9,31 milhões de toneladas. Para a soja e o milho, os números de 1º de setembro correspondem aos estoques finais da safra 2024/2025. Em seu relatório de oferta e demanda de setembro, o USDA estimou os estoques finais de soja em 8,98 milhões de toneladas.