26/Sep/2025

A Associação Americana de Soja (ASA) criticou o governo dos Estados Unidos por apoiar a Argentina enquanto o país sul-americano amplia suas vendas da oleaginosa e seus subprodutos para a China. Nesta semana, o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, anunciou que os Estados Unidos estavam em negociações para estender uma linha de swap de US$ 20 bilhões ao governo argentino e, potencialmente, comprar títulos estrangeiros do país.

Quase imediatamente depois, 20 carregamentos de soja argentina foram comprados pela China após o governo argentino anunciar que isentaria impostos sobre suas exportações de soja. Em resposta, a ASA afirmou que o governo norte-americano precisa garantir um acordo comercial com a China, que costuma ser o principal importador do produto dos Estados Unidos, mas não realizou nenhuma compra da nova safra até o momento.

As tarifas retaliatórias de 20% impostas pela China, permitiram que outros exportadores (o Brasil e agora a Argentina) capturassem o mercado às custas diretas dos produtores norte-americanos. O preço da soja norte-americana está em queda, a colheita já começou, e os agricultores veem manchetes sobre apoio econômico bilionário dos Estados Unidos à Argentina, enquanto os agricultores norte-americanos perdem espaço no maior mercado importador de soja do mundo.

A ASA cobrou uma ação imediata do presidente Donald Trump e sua equipe de negociação, exigindo prioridade na retomada de um acordo comercial com a China para garantir a competitividade da soja norte-americana. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relevou nesta quinta-feira (25/09) que possui planos para distribuir ajuda financeira aos agricultores norte-americanos até que as tarifas passem a "beneficiá-los". O dinheiro viria de parte do montante arrecadado com as próprias sobretaxas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.