25/Sep/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta quarta-feira (24/09). O mercado seguiu pressionado pela ausência de compras chinesas de soja norte-americana e pela suspensão temporária do imposto de exportação (retenciones) para grãos e derivados na Argentina. A China está aproveitando a medida para comprar um volume expressivo de soja argentina. A China tinha comprado entre 10 e 12 carregamentos de soja da Argentina. Esse número subiu para quase 20 carregamentos, ou cerca de 1,3 milhão de toneladas de soja.
A China vem optando pelo grão da América do Sul enquanto não chega a um acordo comercial com os Estados Unidos. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 3,00 cents (0,30%), e fechou a US$ 10,09 por bushel. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que o Brasil deverá embarcar 7,15 milhões de toneladas de soja em setembro. O volume é inferior aos 8,12 milhões de toneladas de agosto deste ano, mas bem maior do que os 5,161 milhões de toneladas de setembro do ano passado.
A piora da qualidade das lavouras nos Estados Unidos e menores estimativas de rendimento limitaram as perdas. Alguns modelos de rendimento estão agora se aproximando bastante dos do ano passado, bem abaixo do que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) está atualmente utilizando em seus balanços. Com o avanço da colheita, os produtores vêm confirmando que o tempo seco observado em agosto causou danos nas lavouras e afetou a produtividade. Caso a previsão se confirme, a produção ficará em torno de 113,70 milhões de toneladas. No começo do mês, o USDA projetou a safra em 117,05 milhões de toneladas.