24/Sep/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (23/09), após quatro sessões de perdas. O mercado foi influenciado em parte por uma piora da qualidade das lavouras nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 61% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente no dia 21 de setembro, queda de 2% ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 64%. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,00 cent (0,10%), e fechou a US$ 10,12 por bushel.
O USDA também informou que 9% da safra tinha sido colhida, em comparação a 12% um ano antes e 9% na média de cinco anos. Analistas esperavam um progresso maior, para 12%. Esses fatores foram contrabalançados pela ausência de compras chinesas de soja norte-americana e pela suspensão temporária do imposto de exportação (retenciones) para grãos e derivados na Argentina. Até agora, a China ainda não comprou soja da nova safra dos Estados Unidos, algo inédito em mais de 25 anos. No momento, a soja dos Estados Unidos seria mais barata para a China do que a brasileira se não fossem as tarifas. Então, quanto mais o conflito comercial se prolonga, pior para o mercado de soja dos Estados Unidos.
Por causa dessa ausência, a atual projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para exportações do país em 2025/2026, de 45,86 milhões de toneladas, pode estar superestimada em até 5,4 milhões de toneladas, observou a Ocean State Research. Isso compensaria qualquer redução substancial no rendimento deste ano. De acordo com traders, importadores chineses adquiriram ao menos 10 carregamentos de soja da Argentina, de 65 mil toneladas cada, após o governo suspender as retenciones. Compradores chineses já reservaram 15 carregamentos do grão argentino.