23/Sep/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (22/09), acompanhando o desempenho do farelo e do óleo de soja, que recuaram mais de 1%. O governo argentino oficializou a alíquota zero para os impostos de exportação (retenciones) sobre grãos e seus subprodutos até o dia 31 de outubro de 2025, ou até que sejam registradas exportações equivalentes a US$ 7 bilhões. Isso tende a estimular no curto prazo os embarques do país, que é o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja. A alíquota para a soja em grão era de 26% e, para farelo e óleo, de 24,5%.
O vencimento novembro do grão recuou 14,50 cents (1,41%), e fechou a US$ 10,11 por bushel. Preocupações de traders devido à ausência de compras chinesas de soja norte-americana também influenciaram os negócios. O mercado recuou após conversa telefônica entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, que não gerou nenhum anúncio específico sobre retomada dessas compras. Até agora, a China ainda não comprou soja da nova safra dos Estados Unidos, algo inédito em mais de 25 anos.
No momento, a soja dos Estados Unidos seria mais barata para a China do que a brasileira se não fossem as tarifas. Então, quanto mais o conflito comercial se prolonga, pior para o mercado de soja norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 484.116 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 18 de setembro, queda de 41% ante a semana anterior. A China, novamente, não apareceu entre os destinos. No Brasil a AgRural informou que o plantio de soja da safra 2025/2026 estava em 0,9% no dia 18 de setembro, em comparação com 0,1% uma semana antes e 0,9% um ano atrás.