22/Sep/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (19/09), após a conversa telefônica entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, que não resultou em nenhum anúncio específico sobre retomada das compras chinesas. Até agora, a China não comprou soja norte-americana da safra 2025/2026, o que tem deixado traders apreensivos. A John Stewart & Associates observou, porém, que havia pouca expectativa de que um amplo acordo comercial, que incluísse produtos agrícolas, entrasse na discussão. O vencimento novembro da oleaginosa caiu 12,00 cents (1,16%), e fechou a US$ 10,25 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 2%.
O mercado também foi pressionado pelo enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que recuou cerca de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A perspectiva de mais uma safra recorde no Brasil também pesou sobre os contratos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção de 177,67 milhões de toneladas em 2025/2026, aumento de 3,6% ante o volume de 2024/2025, de 171,47 milhões de toneladas. O avanço da colheita nos Estados Unidos também influenciou os negócios, mas esse fator foi parcialmente compensado por preocupações com o rendimento das lavouras devido ao tempo seco observado em agosto.