18/Sep/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (17/09). O mercado foi novamente influenciado pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 2%. O derivado passou por realização de lucros após ter subido nos cinco pregões anteriores, e acompanhou o enfraquecimento do petróleo. O vencimento novembro da soja em grão perdeu 6,00 cents (0,57%), e fechou a US$ 10,43 por bushel.
Apesar da queda do óleo de soja, traders observaram que a proposta da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) para compensar isenções concedidas a pequenas refinarias de petróleo é positiva para os preços do derivado. A agência apresentou uma proposta para garantir que pelo menos parte do volume de biocombustíveis que deixou de ser misturado a combustíveis fósseis entre 2023 e 2025, devido às isenções, seja realocado em 2026 e 2027. Isso melhora a perspectiva de demanda por óleo de soja, uma das principais matérias-primas usadas na fabricação de biodiesel. O avanço da colheita nos Estados Unidos e a ausência de compras chinesas de soja norte-americana também pressionaram as cotações.
Isso provavelmente resultará em cortes nas expectativas para as vendas externas totais dos Estados Unidos. Traders aguardam a conversa telefônica entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, marcada para esta sexta-feira (19/09), que talvez resulte em alguma sinalização de compras chinesas. Por enquanto, a China continua recorrendo à soja da América do Sul. De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar entre 7,2 milhões e 7,85 milhões de toneladas da oleaginosa em setembro.