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17/Sep/2025

Futuros de soja em alta acompanhando o derivado

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (16/09). Os ganhos foram sustentados em parte pelo desempenho do óleo de soja, que avançou cerca de 2%. O derivado, por sua vez, foi influenciado pelo nível dos estoques de óleo de soja nos Estados Unidos, o mais baixo em oito meses, e pelo fortalecimento do petróleo. O vencimento novembro da soja em grão subiu 7,00 cents (0,67%), e fechou a US$ 10,49 por bushel. Uma leve piora na condição das lavouras nos Estados Unidos também deu suporte às cotações. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 63% da safra apresentava condição boa ou excelente no dia 14 de setembro, queda de 1% ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 64%.

O mercado foi impulsionado também por sinais de forte demanda interna nos Estados Unidos. A indústria norte-americana processou 5,17 milhões de toneladas de soja no mês passado, de acordo com dados da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa). O volume representa queda de 3% ante julho, mas aumento de 20% na comparação com igual mês do ano passado. O número também é recorde para o mês e veio acima das estimativas de analistas. A ausência da China do mercado norte-americano e a fraca demanda externa por soja dos Estados Unidos, no entanto, continuam pesando sobre os contratos.

Cada semana que passa sem negócios chineses equivale a mais volume perdido, disse a John Stewart & Associates. A contínua ausência da China provavelmente resultará em reduções nas expectativas para as vendas externas totais dos Estados Unidos. A estimativa mais recente do USDA para exportações norte-americanas em 2025/2026, de 45,86 milhões de toneladas, representa a menor projeção feita no relatório de oferta e demanda de setembro desde 2013. Os ganhos também foram limitados pelo início da colheita nos Estados Unidos. O USDA informou que os trabalhos estavam em 5% no dia 14 de setembro, em comparação a 6% um ano antes e 3% na média de cinco anos.