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11/Sep/2025

Futuros recuam com ausência de compras chinesas

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (10/09), refletindo novamente a ausência da China do mercado norte-americano. Isso pode se tornar um problema ainda maior, dependendo de quanto tempo a China pode seguir contrariando os Estados Unidos e se mantendo fora do mercado de exportação. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 6,00 cents (0,58%), e fechou a US$ 10,25 por bushel. A China, no entanto, segue comprando volumes expressivos da oleaginosa, principalmente da América do Sul.

De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar 7,43 milhões de toneladas de soja em setembro, aumento de 43,9% ante igual período de 2024. Nos primeiros sete meses do ano, quase 70% das importações de soja da China vieram do Brasil e 27% dos Estados Unidos. A maioria das entregas dos Estados Unidos ocorreu nos primeiros três meses, antes da imposição de tarifas chinesas sobre a soja do país. Desde maio, as entregas do Brasil têm sido dominantes, o que se deve não apenas às tarifas, mas também ao ciclo da safra.

Será interessante ver se os embarques dos Estados Unidos se recuperarão novamente nos próximos meses, quando a nova safra norte-americana chegar ao mercado. Para alguns analistas, essa ausência de demanda chinesa pode ser parcialmente compensada por uma pequena redução na safra dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publica nesta sexta-feira (12/09) seu relatório mensal de oferta e demanda, e analistas acreditam que a produção de soja será cortada de 116,82 milhões de toneladas para 116,30 milhões de toneladas.