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10/Sep/2025

EUA: USDA deve cortar produtividade das lavouras

Segundo a StoneX, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve reduzir as estimativas de produtividade da soja norte-americana no relatório de oferta e demanda de sexta-feira (12/09). Também deve haver redução nas exportações pela ausência contínua de compras chinesas. Os Estados Unidos já perderam pelo menos 6,8 milhões de toneladas em vendas para a China no início do novo ano-safra. Cada mês que passa sem compras chinesas, haverá novos cortes nas projeções. A demanda tem sido suprida por fornecimentos sul-americanos e estoques chineses. A indefinição na política norte-americana de biocombustíveis adiciona pressão. O esmagamento de soja pode cair entre 270 mil e 544 mil toneladas pela falta de clareza regulatória.

A Agência de Proteção Ambiental (EPA) não definiu o volume final de mistura obrigatória nem a realocação de isenções para pequenas refinarias, mantendo produção de biodiesel parcialmente parada. Três senadores republicanos de Estados com refinarias apresentaram projeto para impedir o governo Trump de realocar isenções já concedidas. Isso pode arrastar consideravelmente a incerteza, mantendo a redução na demanda doméstica por biocombustíveis líquidos. No cenário geopolítico, a reunião virtual do Brics convocada pelo presidente Lula para discutir uma resposta unificada às tarifas norte-americanas fracassou. O primeiro-ministro indiano Narendra Modi não compareceu, e Lula moderou a retórica. O encontro resultou apenas em declaração genérica sobre apoio a políticas multilaterais baseadas na ONU. Trump mantém tarifas de 50% sobre os dois países.

As negociações comerciais entre Estados Unidos e China seguem travadas, com disputa principal sobre minerais de terras raras, dos quais a China controla 90% do processamento global. A suspensão de 90 dias das tarifas mais elevadas expira em 10 de novembro, com possível prorrogação. Xi Jinping continua tentando fortalecer o Brics contra o Ocidente, mas enfrenta problemas para conseguir unidade. Para o produtor brasileiro, o cenário mantém oportunidades com a China direcionando compras para América do Sul enquanto evita fornecedores norte-americanos. A disputa com a Argentina por market share asiático segue acirrada, com ambos os países aproveitando a ausência dos Estados Unidos no mercado chinês. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.