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09/Sep/2025

Bolsa de Chicago: preços seguirão pressionados

Segundo a AgResource, a estratégia da China de evitar compras de soja dos Estados Unidos até pelo menos fevereiro de 2026 deve manter os preços pressionados na Bolsa de Chicago nos próximos meses. A China importou 12,3 milhões de toneladas de soja em agosto, volume recorde para o mês, quase todo originado do Brasil e da Argentina, e esse movimento indica preparação para atravessar a entressafra norte-americana sem depender dos produtores dos Estados Unidos. A antecipação de compras explica por que os portos chineses iniciaram setembro com estoques recordes e sinaliza que não haverá espaço para volumes relevantes dos Estados Unidos até a chegada da próxima safra sul-americana.

É um número muito expressivo e mostra que a China está enchendo os armazéns para passar novembro, dezembro e janeiro sem depender dos Estados Unidos. A ausência da China não pode ser substituída por outros destinos, já que o país asiático compra mais soja do que todos os outros importadores somados. O Brasil segue como principal fornecedor da China, com embarques de soja em ritmo acelerado, enquanto a Argentina amplia participação no mercado de farelo. Com base nesse cenário, a AgResource reduziu sua projeção para as exportações norte-americanas de soja em 7,2 milhões de toneladas, a cerca de 39 milhões de toneladas no ciclo 2025/2026. Essa diferença pesa mais no balanço do que uma perda marginal de produtividade por hectare.

A expectativa é que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) eleve sua previsão de importações chinesas no relatório de oferta e demanda de setembro, previsto para sexta-feira (12/09), possivelmente para 109 milhões de toneladas. O fator decisivo para os preços continua sendo a ausência da China. Enquanto não houver demanda da China, não há como sustentar preços. Apenas fatores disruptivos podem alterar esse quadro, como problemas climáticos no Hemisfério Sul ou eventual reaproximação da China com os Estados Unidos. Até o momento, nada disso se confirmou. Os altistas precisam de uma ruptura, seja clima na América do Sul ou compras chinesas. Enquanto isso não acontecer, os preços seguirão pressionados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.