08/Sep/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (05/09), ainda pressionados pela ausência da China do mercado norte-americano. Segundo a AgResource, isso pode reduzir em até 12,2 milhões de toneladas a demanda até novembro. Não houve nenhuma venda da oleaginosa para o maior importador global até o fim de agosto, fato inédito que pressiona o início da temporada 2025/2026. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 6,00 cents (0,58%), e fechou a US$ 10,27 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 2,61%. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país venderam 818,5 mil toneladas de soja da safra 2025/2026 na semana até 28 de agosto.

Para 2024/2025, os cancelamentos superaram as vendas em 23,8 mil toneladas. O total das duas temporadas, de aproximadamente 794,7 mil toneladas, ficou dentro das estimativas de analistas. Exportadores relataram vendas de 327,65 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega em 2025/2026. A China, até agora, não apareceu entre os compradores de soja da safra 2025/2026, pelo menos de forma explícita. O recuo do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel, também pesou sobre os contratos. O óleo de soja, que caiu mais de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do bicombustível.

As perdas foram limitadas por preocupações com a safra norte-americana. Pesquisa da StoneX com clientes indicou produtividade ligeiramente menor em relação à sondagem de agosto. O rendimento foi reduzido de 3,6 para 3,58 toneladas por hectare, enquanto a produção passou de 120,44 milhões para 115,87 milhões de toneladas. Em agosto, o USDA estimou a safra em 116,82 milhões de toneladas. ainda, o USDA informou que 65% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente no dia 31 de agosto, queda de 4% ante a semana anterior. De acordo com o Monitor da Seca dos Estados Unidos, 16% da área coberta com soja no país tinha algum nível de estiagem na última semana, ante 11% na semana anterior.