05/Sep/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago recuperaram perdas e fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (04/09). O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,50 cent (0,15%), e fechou a US$ 10,33 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pela piora da qualidade da safra nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 65% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente no dia 31 de agosto, queda de 4% ante a semana anterior. De acordo com o Monitor da Seca dos Estados Unidos, 16% da área coberta com soja no país tinha algum nível de estiagem na última semana, ante 11% na semana anterior.
Esse fator foi contrabalançado pela ausência de compras chinesas da nova safra dos Estados Unidos. Há rumores de que o Brasil está agora vendendo algumas quantidades de soja para o período de outubro/novembro, que normalmente é marcado por negócios realizados pelos Estados Unidos. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que o Brasil deverá embarcar 6,75 milhões de toneladas de soja em setembro, crescimento de 30,8% ante os 5,16 milhões de toneladas de igual mês do ano passado. O volume representa desaceleração ante o embarcado em agosto, de 8,12 milhões de toneladas, refletindo a sazonalidade típica da oleaginosa com o avanço da entressafra.
O mercado também aguarda mais clareza sobre a safra dos Estados Unidos com a proximidade da colheita. Traders estão ansiosos para ver alguns resultados concretos, para saber quanto da produtividade se perdeu devido ao final seco do desenvolvimento da safra. A possível queda de rendimento pode ser compensada pela redução da demanda externa, com a China ausente. Sondagem da Allendale indicou que produtores dos Estados Unidos deverão colher 116,22 milhões de toneladas, com rendimento de 3,58 toneladas por hectare. Os números vieram acima das estimativas da Pro Farmer, mas abaixo das projeções mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).