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04/Sep/2025

Brasil: prêmios sustentados pela demanda da China

O Rabobank avalia que a soja brasileira seguirá no foco das compras internacionais até meados de outubro, amparada pela disputa comercial entre Estados Unidos e China. A continuidade da guerra tarifária entre Estados Unidos e China, somada à ausência de compras chinesas da soja estadunidense, tem mantido elevado o apetite pelo produto brasileiro, ao menos até meados de outubro de 2025. De janeiro a julho, as exportações brasileiras somaram 77 milhões de toneladas, avanço de 2% em relação a igual período do ano passado. A projeção é de que a safra 2024/2025 alcance 110 milhões de toneladas exportadas, reforçando a presença do Brasil no mercado internacional em um período que normalmente é dominado pelo fluxo dos Estados Unidos para a China.

Esse quadro tem sustentado os prêmios de exportação nos portos brasileiros e compensado fundamentos baixistas, como a safra recorde de 2024/2025 e a recomposição dos estoques globais. Em agosto, os preços domésticos ficaram praticamente estáveis frente a 2024. Nesse cenário, os prêmios seguem firmes, o que tem contribuído para sustentar os preços internos, mas também pressiona as margens de esmagamento no mercado local, mesmo diante de uma oferta abundante. Para a safra 2025/2026, o Rabobank prevê expansão limitada da área de soja no Brasil, de apenas 1,5%, contra uma média histórica de 3,5%.

Com produtividade dentro da tendência, a produção deve alcançar 175 milhões de toneladas. O estreitamento das margens, as taxas de juros elevadas e as incertezas geopolíticas limitam o ritmo de novos investimentos e contêm o avanço da cultura no País. Entre os pontos imediatos, o fim do vazio sanitário e o início do plantio. No Paraná, a semeadura está autorizada desde 1º de setembro; em Mato Grosso, a partir do dia 7 de setembro. No primeiro semestre de 2025, o esmagamento somou 28,8 milhões de toneladas, recorde para o período. Mas, em junho, houve retração de 7% ante maio, refletindo a pressão sobre as margens industriais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.