04/Sep/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (03/09). O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que recuou cerca de 1,5%. O derivado, por sua vez, acompanhou a queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento novembro da soja em grão perdeu 9,50 cents (0,91%), e fechou a US$ 10,31 por bushel. A ausência da China do mercado norte-americano também continua pesando sobre as cotações da oleaginosa. Até agora, o país asiático ainda não comprou soja da nova safra dos Estados Unidos e deverá importar até 10 milhões de toneladas do grão da Argentina e do Uruguai em 2025/2026.
O mercado foi pressionado também por uma sondagem da Allendale que indicou produção robusta nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, realizada em 18 e 19 de agosto, os produtores do país deverão colher 116,22 milhões de toneladas de soja, com rendimento de 3,58 toneladas por hectare. Os números vieram acima das estimativas da Pro Farmer, mas abaixo das projeções mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Uma piora na qualidade das lavouras nos Estados Unidos limitou as perdas. O USDA informou que 65% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente no dia 31 de agosto, queda de 4% ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela também era de 65%.