04/Sep/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda nesta terça-feira (02/09), refletindo a ausência da China do mercado norte-americano. Até agora, o país asiático ainda não comprou soja da nova safra dos Estados Unidos, e, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters, deverá importar até 10 milhões de toneladas do grão da Argentina e do Uruguai em 2025/2026. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 13,50 cents (1,28%), e fechou a US$ 10,41 por bushel. Uma possível retomada das compras chinesas de soja dos Estados Unidos é o fator mais aguardado pelo mercado.
Enquanto a China não se definir sobre as compras norte-americanas, tudo fica em segundo plano. A partir do momento que tiver algum acordo, a China vai se dispor a comprar e isso terá peso altista importante. Sem isso, o mercado segue sem rumo claro. A alta do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações do Brasil, também pesou sobre os contratos. Segundo estimativa da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o País deve ter embarcado 8,88 milhões de toneladas de soja em agosto. As perdas foram limitadas por dados de exportação dos Estados Unidos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 472.914 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 28 de agosto, aumento de 20,28% ante a semana anterior. O número veio perto do teto das estimativas de analistas. No ano comercial 2024/2025, que terminou em 31 de agosto, o volume inspecionado deve ter ficado próximo de 49,8 milhões de toneladas, aumento de 11% ante o ciclo anterior.