02/Sep/2025
A Céleres avalia que a nova safra norte-americana deve trazer impactos imediatos para o Brasil, com a soja mais vulnerável a movimentos comerciais entre Estados Unidos e China. A proximidade da colheita nos Estados Unidos volta a definir o ritmo do mercado de commodities, agora sob influência de conflitos comerciais e geopolíticos, com reflexos sobre a safra brasileira 2025/2026. Na soja, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima produção de 116,82 milhões de toneladas, abaixo das expectativas pela redução de área, mas ainda expressiva. A revisão sustenta a Bolsa de Chicago, com alta de 6% nas últimas semanas, e relação estoque/consumo em 6,7%.
O ritmo lento de comercialização voltada para exportações dos Estados Unidos em agosto indica uma alta disponibilidade de grãos e pressão sobre a Bolsa de Chicago para o ciclo 2025/2026. Sob cenário da Bolsa de Chicago pressionado, a principal variável para formação de margens do produtor brasileiro é a taxa de câmbio e a produtividade em 2025/2026. A possível retomada de vendas dos Estados Unidos para a China poderá pressionar os prêmios nos portos brasileiros num momento em que a comercialização de soja 2025/2026 pelo produtor está bastante atrasada. Momento relevante para gestão de risco na comercialização e travamento pelo produtor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.