29/Aug/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago recuperaram perdas e fecharam perto da estabilidade pelo terceiro pregão consecutivo nesta quinta-feira (28/08). O mercado deve continuar ‘andando de lado’ antes do início da colheita nos Estados Unidos. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 0,50 cent (0,05%), e fechou a US$ 10,48 por bushel. Os contratos operaram em leve baixa durante boa parte da sessão, apesar de bons dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos. A ausência da China do mercado norte-americano continuou pesando sobre as cotações da oleaginosa.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que exportadores venderam 1,37 milhão de toneladas de soja da temporada 2025/2026, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 21 de agosto. Para 2024/2025, os cancelamentos superaram as vendas em 189,2 mil toneladas. O ano comercial 2024/2025 para a soja e o milho termina neste domingo (31/08), então cancelamentos para esta temporada já eram esperados. Considerando as duas safras, as vendas líquidas foram de 1,18 milhão de toneladas. A China, novamente, não apareceu entre os principais compradores, pelo menos de forma explícita.

Apesar da ausência chinesa, as vendas de soja da nova safra até agora representam o segundo maior volume já registrado, atrás apenas do vendido até igual data de 2018. O tempo seco em boa parte do Meio Oeste dos Estados Unidos também influenciou os negócios. Embora não sejam esperadas perdas significativas na produção de soja, o complexo não pode se dar ao luxo de ter perdas de rendimento de qualquer tamanho, tendo em vista a atual situação dos balanços de oferta e demanda. De acordo com o Monitor da Seca dos Estados Unidos, 11% da área coberta com soja no país apresentava algum nível de estiagem na última semana, ante 9% na semana anterior.