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22/Aug/2025

EUA perde espaço para Brasil na exportação à China

A American Soybean Association (ASA) declarou que os Estados Unidos têm perdido participação no comércio de soja com a China para o Brasil nos últimos anos, e essa tendência parece continuar no curto prazo. Segundo analistas, apesar da pausa de 90 dias nas tarifas de exportação entre Estados Unidos e China, a soja norte-americana não deverá ganhar espaço no mercado asiático tão cedo, já que a China está bem abastecida e o Brasil segue como o principal fornecedor. A StoneX ressalta que o Brasil é naturalmente o principal fornecedor do grão à China nesta época do ano. Mesmo com a retirada da tarifa de 10% sobre as importações de soja dos Estados Unidos, o produto brasileiro ainda é mais barato para o mercado asiático, o que é um fator natural, dada a safra recorde no País.

A Barchart afirma que a China está em uma posição confortável para as compras de soja, com os estoques no pico da temporada e a maior parte das compras para outubro já finalizada. Isso permite que o país asiático adie um acordo comercial com os Estados Unidos e não se espera uma venda significativa de soja norte-americana para a China sem um acordo. A ausência da China no mercado de soja norte-americano é preocupante para os Estados Unidos, que correm o risco de perder sua janela ideal de exportação, que ocorre de outubro a dezembro. A StoneX lembra que, como a China ainda não comprou nada da safra 2025/2026 dos Estados Unidos, não haverá tempo hábil para que a mercadoria chegue em outubro.

Dessa forma, restarão apenas os dois últimos meses do ano para essas negociações acontecerem, já que em janeiro o Brasil estará novamente pronto para competir com sua nova safra. Com a China fora do mercado de soja norte-americano, os Estados Unidos terão dificuldades para exportar as 46,40 milhões de toneladas previstas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a temporada 2025/2026. Sem um acordo comercial, milhões de toneladas de soja permanecerão nos Estados Unidos, pressionando os preços domésticos e na Bolsa de Chicago, mesmo com exportações para outros parceiros na Europa, Ásia e Américas. Fonte: Agrimídia. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.