21/Aug/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quarta-feira (20/08). Os ganhos foram sustentados pela previsão de chuvas escassas nos próximos dias em boa parte do Meio Oeste dos Estados Unidos. O clima em agosto é particularmente importante para a definição do rendimento da oleaginosa. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 2,25 cents (0,22%), e fechou a US$ 10,36 por bushel.
Dados de campo do segundo dia da expedição de safra Pro Farmer Crop Tour continuaram trazendo sinais positivos para a produção de soja nos Estados Unidos, o que limitou os ganhos. A contagem de vagens em Indiana ficou em 1.376,59 por jarda quadrada (1 jarda quadrada = 0,836 metro quadrado), perda de 2,3% ante o número do ano passado, mas 6,3% acima da média dos últimos três anos. Em Nebraska, a contagem foi de 1.348,31 vagens por jarda quadrada, 15% superior à de um ano atrás e 19,1% maior do que a média das três safras anteriores.
Participantes alertaram, porém, que doenças nas plantas levantam dúvidas sobre o desempenho ao fim da safra. A ausência de compras chinesas de soja da nova safra Estados Unidos também continua pressionando as cotações. A Associação Americana de Soja (ASA) pediu na terça-feira (19/08) que o presidente norte-americano Donald Trump dê prioridade à oleaginosa nas negociações comerciais com a China. A entidade afirmou que os agricultores dos Estados Unidos estão em um "precipício comercial e financeiro" diante da ausência de compras chinesas para a safra 2025/2026.