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21/Aug/2025

China poderá elevar a demanda por soja brasileira

Segundo a Stonex, a China impôs tarifa antidumping de 75,8% sobre importações de canola canadense, medida que deve interromper completamente o fluxo comercial entre os dois países e forçar processadores chineses a buscar alternativas. A migração para soja surge como principal opção, cenário que pode favorecer os exportadores brasileiros. É uma tarifa bastante pesada, de 75,8%. Basicamente, isso significa que nenhuma canola canadense vai para a China até que essa questão seja resolvida. Os processadores chineses têm duas opções: ou procuram em outro lugar, ou podem ter que voltar a migrar para a soja. Já há sinais de redirecionamento da demanda. Processadores chineses estão procurando importar canola australiana. Houve um carregamento de 50 mil toneladas, o primeiro desde 2020. A China retomou as relações comerciais com a Austrália.

A soja segue como alternativa imediata. Alguns processadores estão dizendo que, se não conseguirem obter canola, vão ter que voltar a migrar para a soja. Vai ser uma relação interessante para ver se será necessário voltar às importações de soja ou se os estoques atuais são suficientes para não estimular essa demanda. O Brasil aparece como principal beneficiado, com oferta ampla para embarque imediato e preços mais competitivos do que os dos Estados Unidos. O apetite chinês já é evidente. Em julho, o volume de importação foi recorde, cerca de 11,67 milhões de toneladas. E o compromisso da China para comprar soja brasileira é bastante alto. A China concentrou compras de soja grãos no Brasil e de farelo de soja da Argentina, enquanto evita produtos norte-americanos. A China também mantém testes com soja em grão da Argentina, com quatro carregamentos já importados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.