18/Aug/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (15/08), com o clima predominantemente seco em boa parte do Meio Oeste dos Estados Unidos. Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou estimativas de produção e estoques que vieram abaixo das expectativas de analistas. Com isso, aumentaram as preocupações com possíveis quedas na produtividade. O clima em agosto é particularmente importante para a definição do rendimento da soja. O vencimento novembro da oleaginosa avançou 14,00 cents (1,36%), e fechou a US$ 10,42 por bushel.

Com a oferta mais apertada do que se esperava anteriormente, há pouco espaço para uma queda do rendimento nacional, a menos que os preços subam para desacelerar a demanda. Os dados do USDA deixaram o balanço da soja ainda mais apertado nos Estados Unidos, empurrando a nova safra para uma posição de maior racionamento. A diferença entre as estimativas de analistas e o volume real de estoque final foi de 1,63 milhão de toneladas, uma quantidade substancial quando a relação entre estoques e uso está abaixo de 7%. Nesta segunda-feira (18?08), tem início a Pro Farmer Crop Tour, expedição que vai percorrer lavouras em sete Estados do Meio Oeste.

Se os crop tours trouxerem algo pessimista para a soja, isso pode dar uma vertente forte de alta. Uma combinação de área plantada menor com eventual revisão negativa na produtividade pode potencializar movimentos altistas nas próximas semanas. Por enquanto, os sinais para a safra são positivos nos dois principais Estados produtores. Os campos em Illinois estão muito bem. Sobre Iowa, é até difícil caminhar nos campos de soja, porque estão muito densos. O USDA talvez precise elevar novamente sua previsão para os rendimentos médios da soja. Apesar da alta, a ausência da China do mercado norte-americano continua sendo um fator baixista relevante.