15/Aug/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (14/08). Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido nas três sessões anteriores e acumulado ganho de 5,75% no período. As altas dos últimos dias foram motivadas principalmente por estimativas de produção e estoques nos Estados Unidos que vieram abaixo das expectativas de analistas. A ausência da China do mercado norte-americano, porém, continua sendo um fator baixista relevante. O vencimento novembro da oleaginosa caiu 15,75 cents (1,51%), e fechou a US$ 10,28 por bushel.
Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostraram boas vendas de soja da nova safra, mas a China, novamente, não apareceu entre os principais compradores. Cancelamentos superaram em 377,6 mil toneladas as vendas da safra 2024/2025 na semana encerrada em 7 de agosto. Para 2025/2026, o saldo de vendas foi de 1,133 milhão de toneladas. O saldo das duas temporadas, de 752,4 mil toneladas, ficou dentro das estimativas de analistas. Traders disseram que importadores chineses concluíram seus pedidos de soja para setembro, totalizando cerca de 8 milhões de toneladas. Segundo os traders, todo o volume é proveniente da América do Sul. Para outubro, os compradores chineses já garantiram cerca de 4 milhões de toneladas, metade de sua necessidade esperada, também da América do Sul.
No ano passado, importadores compraram cerca de 7 milhões de toneladas dos Estados Unidos para embarque durante esses dois meses. Nos últimos dias, aumentaram as expectativas de novos anúncios de vendas avulsas de soja, após o presidente norte-americano, Donald Trump, ter pedido que a China quadruplicasse suas compras do grão norte-americano. No entanto, isso ainda não aconteceu, o que está desanimando traders. As perdas foram limitadas pela previsão de tempo seco em boa parte do Meio Oeste dos Estados Unidos nos próximos dias, o que pode afetar a condição das lavouras e a produtividade.