14/Aug/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (13/08), ainda refletindo estimativas de produção e estoques nos Estados Unidos que vieram abaixo das expectativas do mercado. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 11,50 cents (1,11%), e fechou a US$ 10,44 por bushel. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a safra de soja em 116,82 milhões de toneladas, ante 117,98 milhões de toneladas projetadas no mês anterior.

O corte foi motivado por um ajuste na área plantada, agora estimada em 32,74 milhões de hectares, ante 33,75 milhões de hectares em julho. O USDA também reduziu sua projeção de reservas de soja ao fim da temporada 2025/2026, de 8,44 milhões de toneladas para 7,89 milhões de toneladas. A produtividade foi elevada de 3,53 toneladas por hectare para um recorde de 3,60 toneladas por hectare. Com a oferta mais apertada do que se esperava anteriormente, há pouco espaço para uma queda do rendimento nacional, a menos que os preços subam para desacelerar a demanda.

A previsão para os próximos dias é de chuvas escassas em boa parte do Meio Oeste dos Estados Unidos, o que pode prejudicar a condição das lavouras. A ausência de compras chinesas do grão norte-americano, no entanto, continua pesando sobre as cotações. Preocupações significativas com a demanda externa permanecem para o próximo ano, já que a China continua fora do mercado dos Estados Unidos por enquanto. A falta de anúncios de vendas avulsas está afetando o sentimento de traders, especialmente após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter pedido que a China quadruplicasse suas compras de soja norte-americana.