13/Aug/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago reverteram perdas e fecharam em alta nesta terça-feira (12/08), após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter divulgado estimativas de produção e estoques no país que vieram abaixo das expectativas do mercado. O vencimento novembro da oleaginosa avançou 21,50 cents (2,13%), e fechou a US$ 10,32 por bushel. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, publicado nesta terça-feira (12/08), o USDA estimou a safra de soja em 116,82 milhões de toneladas, ante 117,98 milhões de toneladas projetadas no mês anterior.
O corte refletiu um ajuste na área plantada, agora estimada em 32,74 milhões de hectares, ante 33,75 milhões de hectares em julho. A produtividade foi elevada de 3,53 para 3,60 toneladas por hectare. Quanto aos estoques nos Estados Unidos, o USDA reduziu sua projeção de reservas de soja ao fim da temporada 2025/2026 de 8,44 milhões de toneladas para 7,89 milhões de toneladas. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços.
Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar até 9,09 milhões de toneladas de soja em agosto. A ausência de compras chinesas do grão norte-americano, no entanto, continua pesando sobre as cotações. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que a China quadruplicasse os pedidos de soja do país, o que aumentou a esperança de que o país asiático retomasse as compras do grão. Além disso, o presidente assinou decreto estendendo até 9 de novembro o prazo para aplicação das tarifas mais altas contra a China.