12/Aug/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou que o país pode exportar mais soja para a China. A expectativa é que o país asiático “rapidamente quadruplique seus pedidos de soja”. “A China está preocupada com sua escassez de soja. Nossos grandes agricultores produzem a soja mais robusta. Espero que a China rapidamente quadruplique seus pedidos de soja. Esta também é uma forma de reduzir substancialmente o déficit comercial da China com os Estados Unidos. Um serviço rápido será fornecido. Obrigado, Presidente Xi”, escreveu o republicano em rede social, na madrugada desta segunda-feira (11/08).
O anúncio fez os contratos futuros da soja subirem mais de 2% na Bolsa de Chicago, mas analistas internacionais consideram improvável que o volume pedido seja viável. A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) afirmou que o pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a China quadruplicasse as compras de soja norte-americana não altera um fator determinante: as restrições físicas para ampliar a oferta global da oleaginosa. Mesmo que o presidente dos Estados Unidos queira quadruplicar a oferta para atender à China, não há espaço físico para fazer isso.
No ano passado, a China importou cerca de 105 milhões de toneladas de soja, das quais pouco menos de um quarto veio dos Estados Unidos e a maior parte do Brasil. Cumprir a meta sugerida exigiria que os chineses substituíssem boa parte da soja brasileira por grão norte-americano. Mais do que o volume, a questão passa pelo formato das negociações e por quem intermediará essas vendas. O momento é uma "hora da verdade" para medir quais países têm capacidade de expandir a produção de forma sustentável e atender à demanda global. O efeito real dependerá de como as medidas se materializarão na prática. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.