11/Aug/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (08/08). Traders ajustaram posições antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta terça-feira (12/08). Analistas esperam que a agência aumente suas estimativas de rendimento e produção, refletindo o clima favorável no Meio Oeste do país durante o desenvolvimento da safra. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 6,25 cents (0,63%), e fechou a US$ 9,87 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 0,18%. O USDA deve estimar a produção de soja em 118,97 milhões de toneladas, com rendimento de 3,56 toneladas por hectare. Em seu relatório de julho, a agência projetou 118 milhões de toneladas, com produtividade de 3,53 toneladas por hectare.
A StoneX estimou uma produção ainda maior nos Estados Unidos, de 120,44 milhões de toneladas, com rendimento de 3,61 toneladas por hectare. Os rendimentos da soja podem apresentar o maior aumento. O USDA elevou a previsão de rendimento para a soja em seu relatório de agosto em 8 dos últimos 10 anos. Uma frente fria no Meio Oeste dos Estados Unidos deve manter o clima favorável para o desenvolvimento da safra de soja. As temperaturas no Meio Oeste devem permanecer majoritariamente favoráveis para as culturas de verão, incluindo milho e soja, nos próximos dias. O mercado também segue influenciado pela ausência de compras chinesas da nova safra dos Estados Unidos.
A China, no entanto, continua comprando volumes expressivos de outros fornecedores, principalmente da América do Sul. Dados preliminares da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) mostraram que o país importou 11,67 milhões de toneladas de soja em julho, 18,4% mais do que em julho de 2024. O volume é o maior já registrado para o mês. Em junho, 87% da soja importada pela China veio do Brasil. Com as tensões comerciais, as vendas dos Estados Unidos podem continuar limitadas no restante do ano. Se as tarifas chinesas sobre a soja dos Estados Unidos permanecerem no nível atual de 15%, é provável que os exportadores norte-americanos tenham dificuldade para vender para a China.