08/Aug/2025
No mercado interno de soja, os preços registram alta entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por saca de 60 Kg nesta quinta-feira (07/08). O dólar fechou em baixa pela quinta sessão consecutiva nesta quinta-feira (07/08), à medida que os investidores equilibraram sentimento de alívio em relação à perspectiva para o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos. O dólar fechou em baixa de 0,72%, a R$ 5,42. Desde o dia 1º de agosto, a moeda acumulou queda de 3,2%. O mercado doméstico monitora o esforço do governo para negociar com os Estados Unidos mais isenções à taxa punitiva, enquanto aguarda o anúncio de um plano de contingência para ajudar empresas e setores afetados pela tarifa de Trump.
Os investidores adotaram uma visão mais otimista quanto ao futuro do impasse entre os dois países. A moeda brasileira também segue bastante atrativa para investidores estrangeiros devido ao diferencial de juros do Brasil com os Estados Unidos, conforme crescem as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) retomará os cortes da taxa de juros em setembro, na esteira de dados recentes fracos sobre o mercado de trabalho. O que se vê é uma nova rodada de enfraquecimento global do dólar e as moedas emergentes têm sido beneficiadas por essa desvalorização, em particular aquelas que possuem maior diferencial de juros.
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (07/08). Traders aproveitaram bons dados de vendas externas dos Estados Unidos para cobrir posições vendidas, após as quedas recentes. A ausência de compras chinesas da nova safra dos Estados Unidos, no entanto, continua pesando sobre as cotações. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 9,25 cents (0,94%), e fechou a US$ 9,93 por bushel. Traders continuam preocupados com a ausência da China. Uma safra volumosa de soja nos Estados Unidos precisa de demanda, e a China não está demonstrando interesse, mesmo com ofertas FOB mais baratas dos Estados Unidos.
Parece que a China instruiu seus importadores/processadores a evitarem a soja dos Estados Unidos por razões políticas. Mesmo sem o grão norte-americano, o país asiático importou 11,67 milhões de toneladas de soja em julho, 18,4% mais do que em julho de 2024, de acordo com dados preliminares da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC). O volume é o maior já registrado para o mês. A boa condição das lavouras nos Estados Unidos e a perspectiva de uma safra robusta no país também limitaram os ganhos.
No Paraná, na região de Maringá, a indicação para exportação é de R$ 141,50 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para entrega em 20 de agosto e pagamento no dia 5 de setembro. No mercado ferroviário, o spot é indicado a R$ 133,00 por saca de 60 Kg CIF Ferrovia, para entrega imediata com liquidação financeira no início de setembro. Para safra 2025/2026, a indicação é de R$ 136,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para embarque entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro de 2026. Em Mato Grosso, na região de Sinop, a indicação é de R$ 118,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque entre 10 e 25 de agosto e pagamento em 15 de setembro. Para soja 2025/2026, a indicação é de R$ 106,00 por saca de 60 Kg FOB, para entrega até 30 de abril e pagamento previsto para o fim do mesmo mês.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.