08/Aug/2025
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (07/08). Traders aproveitaram bons dados de vendas externas dos Estados Unidos para cobrir posições vendidas, após as quedas recentes. A ausência de compras chinesas da nova safra dos Estados Unidos, no entanto, continua pesando sobre as cotações. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 9,25 cents (0,94%), e fechou a US$ 9,93 por bushel. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 467,8 mil toneladas de soja da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 31 de julho.
O volume representa alta de 71% ante a semana anterior e de 63% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a temporada 2025/2026, o saldo de vendas foi de 545 mil toneladas. A China, novamente, não apareceu entre os principais compradores. As vendas das duas temporadas foi de aproximadamente 1,013 milhão de toneladas, próximas do teto das estimativas de analistas. Apesar das boas vendas, traders continuam preocupados com a ausência da China. Uma safra volumosa de soja nos Estados Unidos precisa de demanda, e a China não está demonstrando interesse, mesmo com ofertas FOB mais baratas dos Estados Unidos.
Parece que a China instruiu seus importadores/processadores a evitar a soja dos Estados Unidos por razões políticas. Mesmo sem o grão norte-americano, o país asiático importou 11,67 milhões de toneladas de soja em julho, 18,4% mais do que em julho de 2024, de acordo com dados preliminares da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC). O volume é o maior já registrado para o mês. A boa condição das lavouras nos Estados Unidos e a perspectiva de uma safra robusta no país também limitaram os ganhos. Para alguns analistas, o USDA poderá elevar na terça-feira (12/08) suas estimativas de rendimento e produção. Nesta semana, StoneX e S&P Global publicaram estimativas de produtividade que vieram acima da previsão de julho do USDA.