06/Aug/2025
No mercado interno de soja, os preços registram novamente leve alta entre R$ 0,50 e R$ 1,00 por saca de 60 Kg nesta terça-feira (05/08). O dólar fechou perto da estabilidade nesta terça-feira (05/08), conforme os investidores continuaram monitorando o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos, com a ata do Banco Central também no radar. O dólar fechou em baixa de 0,02%, a R$ 5,50. O pregão foi novamente marcado pelo foco no comércio, na véspera da entrada em vigor da tarifa de 50% do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma série de produtos brasileiros, enquanto o governo do Brasil busca negociar.
Os investidores estiveram receosos de que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro pudesse gerar uma reação de Trump. Ainda que esse temor não tenha se concretizado, os agentes financeiros permaneceram cautelosos. Um ponto de atenção será a expectativa pelo anúncio de um plano de contingência por parte do governo para enfrentar os impactos da tarifa. Pode haver subsídios, o que aponta para a questão fiscal. No cenário externo, o sentimento era de cautela, depois da forte volatilidade recente impulsionada por um relatório de emprego fraco nos Estados Unidos que fomentou apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) poderá cortar a taxa de juros já em seu próximo encontro, em setembro.
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta terça-feira (05/08). O mercado subiu na sessão anterior com um movimento de correção, mas os fundamentos ainda são predominantemente baixistas. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 3,75 cents (0,38%), e fechou a US$ 9,90 por bushel. A expectativa de produção volumosa nos Estados Unidos e a boa condição das lavouras no país seguem pressionando os contratos. O enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel, foi outro fator baixista para os preços. O óleo de soja, que recuou cerca de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Esses fatores, porém, foram contrabalançados pela expectativa de clima mais quente e seco no Meio Oeste dos Estados Unidos, que pode ter impacto mais relevante para a soja.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam entre R$ 120,00 e R$ 121,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em até 30 dias. Para embarque entre outubro e novembro, os compradores indicam R$ 125,00 por saca de 60 Kg FOB. Para safra 2025/2026, os compradores indicam entre R$ 115,00 e R$ 116,00 por saca de 60 Kg. Em São Paulo, na região de Campinas, as indicações de compra seguem entre R$ 142,00 e R$ 143,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santos, para embarque imediato e pagamento à vista. Para embarque em outubro e pagamento curto, a indicação é de até R$ 145,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santos. Para a safra 2025/2026, os compradores indicam R$ 128,00 por saca de 60 Kg CIF em fevereiro.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.