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06/Aug/2025

MT divulga estimativa da safra de soja 2025/2026

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produção de soja em Mato Grosso deve atingir 47,18 milhões de toneladas na safra 2025/2026, o que representa uma queda de 7,29% em relação ao ciclo anterior. A retração decorre da expectativa de menor produtividade, estimada em 60,45 sacas por hectare, recuo de 8,81% na comparação anual. A área plantada, por outro lado, deve crescer 1,67% e alcançar 13,08 milhões de hectares, novo recorde histórico para o Estado. A definição da janela de plantio dependerá da regularização das chuvas após o fim do vazio sanitário, que se encerra em 7 de setembro. Modelos meteorológicos indicam maior probabilidade de precipitações acima da média em setembro e outubro nas principais regiões produtoras, o que pode favorecer o início do cultivo.

O cenário climático é de neutralidade no fenômeno El Niño-Oscilação Sul (Enso), conforme projeções do Bureau de Meteorologia da Austrália. Apesar da expectativa de menor produtividade, a demanda deve permanecer firme. O consumo interno de soja em Mato Grosso deve ficar em 13,24 milhões de toneladas em 2025/2026, mesmo patamar do ciclo anterior, sustentado pelo aumento da mistura obrigatória de biodiesel (B15) em vigor desde 1º de agosto. As exportações podem recuar 3,16%, para 29,83 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais da safra devem cair 31,04%, somando 940 mil toneladas. O avanço das cotações internacionais e a valorização dos prêmios de exportação impulsionaram os preços locais da soja. A soja disponível em Mato Grosso foi cotada, em média, a R$ 116,22 por saca de 60 Kg na semana encerrada em 1º de agosto, alta semanal de 2,11%.

A paridade de exportação do contrato março/2026 ficou em R$ 106,95 por saca de 60 Kg, queda de 0,71% na mesma base de comparação. O contrato na Bolsa de Chicago recuou 2,12% no período, fechando a US$ 10,34 por bushel. Os prêmios portuários tiveram forte oscilação. No Porto de Paranaguá (PR), o prêmio para março/2026 subiu 94,12% na semana. No Porto de Santos (SP), a alta foi de 6,57%. O diferencial de base entre o Estado e a Bolsa de Chicago se manteve negativo, em R$ -0,87 por saca de 60 Kg. Na comercialização, 81,93% da safra 2024/2025 já está comprometida, avanço de 3,43% em julho. Para a safra 2025/2026, os produtores negociaram 17,50% da estimativa de produção até o mês passado.

O preço médio ponderado das vendas para o novo ciclo é de R$ 108,08 por saca de 60 Kg. O custo total de produção da safra 2025/2026 foi estimado em R$ 4.145,02 por hectare, redução de 9,86% ante a safra passada, com os insumos representando 88,5% desse valor. A relação de troca subiu 2,41% na comparação mensal, exigindo 34,35 sacas de 60 Kg para cobrir o custo total por hectare. A margem bruta estimada pelo Imea recuou 14,27%, ficando em R$ 648,47 por hectare. O esmagamento de soja também perdeu fôlego. Em julho, a margem bruta caiu 12,33%, para R$ 390,09 por tonelada. Apesar do aumento de 3,93% no preço do óleo de soja (R$ 6.209,06 por tonelada), a valorização do grão reduziu a competitividade da indústria. O farelo teve alta de 2,31%, para R$ 1.732,11 por tonelada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.